quinta-feira, janeiro 25, 2007

Faz frio lá fora...

No topo do Mundo...





Apesar do frio intenso, que começa a sentir-se lá fora, convidando a um bom chocolate quente ou a um chá, em casa, não posso deixar de me sentir atraido pelos extremos...

Um exemplo, é o desta fotografia, quem não gostaria de aqui estar, nem que fosse por breves momentos?...

domingo, janeiro 21, 2007

As Palavras...

Gostava de escrever algo alegre... Algo que podesse voar um dia destes pelos céus, sem limites, sem horizontes nem linhas a que tivesse que obedecer...

No entanto, o meu interior é um misto de alegria e tristeza, um misto que tenho tentado combater, que penso ser, se calhar erradamente, apenas um dos lados destes dois sentimentos, um poema, uma quadra a que obedecer, escutar e ler, para depois então conseguir-me emocionar e olhar de verdade para o céu...

Recordo-me, de ter lido numa obra de Ruben Alves, que escrita feita por apaixonados, não é boa escrita, para que o seja, não pode ter aquela centelha da paixão, para que não influencie a mesma. Penso nisto por vezes, ao analisar o que escrevo, se o que escrevo estará ou não apenas influenciado por uma paixão, não tendo assim qualquer valor crítico ou de juizo acerca das questões a que tento dar atenção. Faço-o, como qualquer pessoa faz uma auto-avaliação ao seu trabalho. Se temos «brio» no que fazemos, é inegável que este processo tenha que acontecer, e assim também eu o faço com a minha escrita.

Não será isto, apenas uma parte da verdade? Esta análise feita pelo Ruben Alves? Se eu considero, serem os seus melhores escritos, tudo que foi feito na ponta da paixão, então porque dirá ele isto?

Acho, que inicialmente, deveríamos esclarecer a noção de paixão. Esta pode, como sabem existir sobre muitas formas, e a mais comum, a que todos nós inconscientemente pensamos em primeiro lugar, é a de um homem por uma mulher. Mas, existem outras paixões, podem ser as que temos sobre um assunto, sobre uma profissão, sobre um determinado acontecimento na nossa vida, ou simplesmente, uma paixão desinteressada. Chamo a uma paixão desinteressada, aquela que temos sobre tudo que nos rodeia, sobre todos a quem olhamos, sobre todos os pequeninos seres que sabemos estar ao nosso redor, e nessa altura sentimos felicidade por estarmos vivos, por podermos acordar e olhar para todas estas pequenas maravilhas, estes pequenos milagres que acontecem todos os dias ao nosso redor: seja uma imagem repentina de uma borboleta a esvoaçar delicadamente pelo ar, seja o ondular do mar, rebentado delicadamente no nosso interior, seja um sorriso inesperado que vemos no rosto de alguém, ou uma lágrima escorrendo pelas faces, teimosa.

Nestas alturas sentimos Amor, sentimos essa paixão a que chamo de desinteressada, a que acontece sem que queiramos nada de volta em troca. Apenas essa energia, nos faz impelir em frente, nos faz crescer um pouco mais, e é nesta altura que se escreve melhor...

Será então correcto, dizer que escrever sobre a influência da paixão é errado? Penso que não... Existem, várias formas de escrever também, existe escrita «séria», discursos, comentários, análises, relatórios, enfim todo esse tipo de escrita, e essa concordo que tem que ser analítica, concisa, sem paixão. Mas e aquela escrita, que nos faz querer sonhar, nos faz querer recordar a vida, nos faz sentir vivos? Essa tem que ter paixão, tem que ter essa paixão desinteressada, tem que ter centelha, pois senão não se torna sincera, honesta... Muitas pessoas, tomam sentimentos como uma «má» influência ao nosso discernimento, à nossa capacidade de julgar e tomar decisões, mas não é assim. Esta escrita precisa desses sentimentos, precisa deles para que possa relatar a vida, em todo o seu potencial, em toda a sua força, em tudo aquilo que nos pode dar e oferecer. Mesmo a escrita que é feita sobre a influência de uma paixão por uma mulher, ou alguém a quem amemos muito mesmo, pode ser boa, pois diz aquilo que sentimos, e em última análise, qualquer escrita que seja sincera e honesta, é boa.

Pode-se dizer que é uma visão demasiado optimista do mundo, muitos poderão mesmo dizer «irreal», mas não concordo... À uns tempos atrás, uma pessoa amiga, falou-me muito do modo como, um outro grande apaixonado pela vida, que é Vinicius de Moraes, a levou. O modo como procurou incessantemente a vida, as pessoas. Isso é paixão desinteressada... Olhando para qualquer um deles, vejo que todos a tiveram, que todos a souberam reconhecer e, mais importante que tudo, souberam admiti-la, viver com ela e deixaram que esta os guiasse. Não pensem, novamente, apenas naquela paixão por uma mulher... Leiam uma obra fabulosa do Ruben Alves, que é a ‘Teologia do Quotidiano’ e verão esta paixão a acontecer, leiam muitos dos versos do Vinicius e verão esta paixão a acontecer...

Pois como incluir então a tristeza nisto tudo? Pois, esse é o passo que a mim pessoalmente, faltava dar... Dentro desse misto que falei à pouco, encontram-se as palavras que fazem sonhar, os deuses que nos fazem amar, nos fazem Crescer e querer então voar pelo céu sem medos.

Podemos sempre cair, neste voo, mas quando isso acontece, logo novo parágrafo aparece para nos salvar, cavalgando pelos campos deste mundo, buscando todos os Moinhos que nele estão espalhados, para que novos ventos nos façam apenas querer soprar...

É neste misto, que podemos também escrever, é neste misto que o papél e a tinta, verdadeiramente se conhecem, se fazem entoar maiores que os Moinhos. Sorrir e chorar... Por cada lágrima, o céu sorri ao olhar para nós, e por cada sorriso, os mares choram por nós...

Podemos então escrever, e escrever bem, sobre sentimentos, com sentimentos, e fazermos nascer palavras que façam sonhar, viver...





As paixões... Que misto de beleza, a não perder...





"Amanhã – qual será o meu fado?

Mágoa, cuidados e pouco que me contente,

A cabeça pesada, o vinho derramado –

Tens é de viver, meu belo presente!



Se o tempo num voo acelerado

Altera o eterno dançar que é seu

Desta taça o grande trago

É e será sempre meu.



O fogo do meu jovem coração

Mantém-se bem aceso nestes dias.

Morte, aqui tens a minha mão,

Será que a levar-me te atreverías?”

‘Belo Presente’ de Herman Hesse, em ‘Da Felicidade’, Difel: Difusão Editorial, SA

sexta-feira, janeiro 19, 2007

«Downtime»...

" System Downtime

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I apologise about the system being partially down at the moment. I've been working on it for several hours, and the user transition isn't going as smoothly as hoped. Rest assured that your data is safe if it was before the system went down though, and it'll be back with even higher performance shortly.

Please don't re-sign up if you can't access your files - we'll get it all up again soon. This should be the last bit of downtime before we go fully live with the new kit, and we apologise for the downtime we've encountered - we've had to do some massive expansion to cope with the influx of users, and it's been a bumpy ride, but it's all down to you guys spreading the word about us - so thank you! In future when we need to expand, it'll be a much less bumpy ride, as we've got the code in there now to add servers as and when we need to.

Thanks again for being patient with us - we're doing our best to get the service fully operational again, and we should have a much better, bigger Snapdrive when we're done!

Myself or Snap will post on here as soon as the newly rebuilt server goes online!

- Micro "



As minhas sinceras desculpas pela situação, provocando esta pequena «desarrumação» nas Imagens...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Medo...

Respiro fundo... Olho para o ecrãn e penso na noite que tive ontem, em tudo que se passou comigo nos últimos meses, no turbilhão implacável que gira incessantemente dentro da minha cabeça.

As palavras, são pequenas, minúsculos pontinhos numa negridão imensa, para descrever o que sinto, aquilo que estou a passar neste momento... São tantas as questões, tantas as incertezas, tantos os receios e os medos que povoam o meu interior... Esta faceta minha, este meu lado negro, que anteriormente na minha vida nunca tinha sido maior que a luz, mas hoje, já não penso assim...

A batalha que estou a travar é terrível, é demasiado angustiante, tem levado todas as minhas forças para um lugar escuro, para um lugar negro, onde cada vez mais, sinto não ter forças para voltar. Tive uma noite terrível, ontem, para juntar às demais; mas ontem foi diferente, pois aconteceu algo que me deixou com medo, me assustou mesmo muito.

Quem me conhece, pessoalmente, sabe que sempre fui uma pessoa optimista, que sempre acreditei em dar a outra face, em olhar apenas para o lado bom das coisas, estimar ao máximo esta dádiva de vida que temos, que nos foi dada a todos nós. Sempre acreditei que o Bem, tira e dá, mas sempre fazendo-o com um sorriso no rosto, sem deixar que a luz nos abandone. Ontem, não foi assim...

Tive muitos momentos negros na minha vida, o meu passado foi recheado com eles, mas a vontade em lutar, em querer a luz, foi sempre maior que tudo isso, fez-me sempre acabar por tomar (em extremos, é certo) as decisões certas, que me fizeram apontar na direcção a tomar. Sempre acreditei no Destino, que este é parte desse Bem, é parte desse Amor maior em que acredito, ser a verdadeira maneira de viver esta vida. Quem acredita nisto, com toda a força da alma, como eu, sabe um pouco do que falo, sabe dessa vontade constante em querer o bem, em querer olhar lá para fora e sorrir, querer abraçar tudo e todos. Mas ontem, não foi assim, por momentos...

O desespero veio, tal como já tinha vindo em tantas outras noites, o choro, os porquês, o não perceber alguns deles, o não perceber como sentimentos, tão puros podem ser ignorados, deitados fora, para o lixo, como se nada fossem ou valessem, mas foi sempre algo com que consegui lutar; esse Amor imenso que sinto, é certo que me deitou pelo chão, mas também me fez sempre regressar, querer continuar e olhar de novo para a luz, em tantas outras noites, destes últimos meses, como também em todos esses anos passados. Ontem, no entanto não aconteceu desse modo; entrei na escuridão e Quis lá ficar, pela primeira vez, desejei sinceramente lá ficar e não regressar, e senti algo acontecer... Não sei o que foi, um chamamento, uma porta que abriu algo, que ainda não sei o que foi... Encontrei pela primeira vez, Paz, verdadeira paz nessa escuridão, e não quis mesmo regressar... A luz incomodova-me, só de pensar que a tería que olhar, a minha vontade tremia, os meus olhos enchiam-se ainda mais de lágrimas...

Assustei-me... Tive medo, quando por fim, consegui regressar de novo, quando por fim abraçei de novo a luz. Pela primeira vez na minha vida, desejei realmente não viver... Foi algo sincero, algo honesto, maior que tudo o mais... Como pode isto acontecer? Como pode a escuridão ser maior e melhor que a Luz? Não pode... A luta que travo, é maior que tudo, pois sei agora ser uma luta pela vida. Sinto o fim próximo, dizem que quando ele aparece, toda a nossa infância, todos os nossos verdadeiros desejos, todas as palavras que não foram ditas, tudo que não aconteceu e aconteceu passa pela nossa frente, pois, é isso que me está a acontecer neste momento; o fim, que anda numa corda bamba, onde por vezes um vento me empurra em frente na corda, mas logo tremo de novo, quase a cair para o abismo. Sei que ninguém acredita nestas coisas, hoje em dia, mas são reais, são coisas que acontecem, o amar eternamente, o desejar eternamente bem... Não é nenhuma utopia, nenhuma alucinação, nenhuma miragem, ou desejo inconsciente do nosso cerebro. Ontem, pela primeira vez, vi o verdadeiro negro, o verdadeiro escuro, e quis lá ficar... Como vou continuar a lutar? Como vou continuar esta batalha? Não sei responder, apenas sei, que irá continuar, e neste momento esse é o meu único alento...

Por favor, não interpretem isto de um modo religioso, pois não é nada disso. É algo maior que tudo isso, algo bom e mau ao mesmo tempo, mas acredito ser sempre bom... Será talvez isso, que me salve, pois o meu interior é feito disso, nada mais; ontem terá sido uma fraqueza minha, talvez...

Portem-se bem, e por favor, sorriam e desculpem este desabafo, feito aqui...

sábado, janeiro 06, 2007

Uma Pequena Homenagem...

Não posso deixar de fazer esta pequena homenagem, primeiro a um desporto que adoro, segundo, aos portugueses que participam e apoiam este evento.







Hoje, primeiro dia do Dakar, assistimos a uma verdadeira chuva de estrelas, nos nossos pilotos: uns merecidos parabéns ao Carlos Sousa e Ruben Faria, justos vencedores nas categorias de carros e motos; à enorme massa de espectadores (fala-se em números na ordem dos 400 mil) que foram apoiar o evento, mostrando de modo geral, ordeiro e exuberante, emoções ao rubro; como sempre, e para quem acompanhou de perto estes eventos, os excessos existiram (desrespeito pelas zonas de segurança) e alguma falta de desportivismo (pedras atiradas a um concorrente).

Pessoalmente, na minha adolescência, participei da organização de um evento todo-o-terreno e como espectador, do rally de Portugal quando este terminava na minha zona (altura em que este rally contava para o Campeonato Mundial e de domínio dos Lancia Delta Integrale, lembram-se destas máquinas?) e sei um pouco do que envolve não só a logística da realização de um evento, mas também as sensações que temos, como apoiantes deste desporto, e como participantes dele.

Que amanhã tudo corra pelo melhor, para nós portugueses, para o público (que respeite a sua segurança e a dos outros) e também a todos os participantes, pois nestes eventos, todos são iguais...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Novos Ventos...

Quase que é um novo começo... As memórias do primeiro post que coloquei, estão tão ainda ao virar da esquina; os motivos que me levaram a começar a construir este pequenino sítio, estão ainda tão presentes, mas ao mesmo tempo estão mais maduros, foram crescendo, devagarinho, e o que começou por ser um «escape» é agora um espelho da minha alma, da minha maneira de ser e de olhar para este mundo.

Olhando agora para ele, este pequenino sítio, representa para mim muito, pois, significa a perca de muitos dos meus medos, e consequentemente, do próprio medo de me mostrar ao mundo como sou...

Deixo-vos com o meu primeiro, segundo post, neste mundo de Imagens, sentidos e sentimentos...





Seja assim, que todos nós continuemos a olhar para o mundo, Sara, minha sobrinha





Deixo o tempo repousar...



Descansar num sonho colorido com o momento de um futuro sem

destino a aguardar...



Descanso minha voz, simplesmente deixando-te estar, deixando teu

silêncio nos guiar...



Abro meus sentidos,



penetro no sentimento carregado na eternidade de teu olhar, onde

adormeço, seguro nas águas calmas que compõem a suavidade

do teu abraçar......