quarta-feira, novembro 08, 2006

As Memórias, o ADN da alma?...

Este título poderá parecer um pouco estranho, mas a cada noite que passa, cada momento que me delicio com esses momentos de sonho guardados no nosso interior, fico mais convencido de que existe tal coisa, uma espécie de ADN para a alma... Se o ADN é a prova tangível da nossa vida, da nossa estrutura como seres humanos, como espécie física, então porque não existir também uma espécie de código para a alma? Porque não existir também uma espécie de alicerce para a nossa alma? Meus amigos, não será algo assim tão inverosímel, pois a alma é algo que todos nós sabemos ter, algo que parte da consciência de nós mesmos, algo maior que existe em tudo que fazemos. Muitos dirão que esta é tão puramente uma manifestação do nosso cérebro, dos nossos desejos, da nossa vontade em fazer algo, atingir algo, ser algo mais... Mas, não... A Alma é algo maior do que isso, que como disse terá também um suporte físico para a alimentar, para nos podermos recordar constantemente da sua presença... Assim acredito que exista um ADN para a alma... Penso nas recordações, nas nossas memórias, onde no escuro da noite, ou num raio de luz, vamos encontrar as emoções, os momentos que construiram um pouco da nossa alma... Serão elas, o alimento físico da nossa alma? Serão elas os alicerces, as cores que vão pintando esse quadro enorme da nossa alma? Uma espécie de casa, onde esta todas as noites se deita, se deixa embalar pelos sonhos, pelos amores perdidos, pelos sentimentos puros, vistos pela sua maior essência, pela sua grandeza maior... As memórias são um dos bens mais preciosos que possuimos, dão-nos conforto, fazem-nos chorar o âmago da nossa alma, do verdadeiro sentido daquilo que temos cá dentro, daquilo que podemos ser na realidade... À uns dias, li, que um informático escreveu um livro sobre a possibilidade de o ADN do ser humano ser a «assinatura» de Deus no mundo... Hipótesse que descarto, pois o todo é o uno, e não apenas um único ser... Apesar disso, algo que merece dar uma olhadela... Um final de dia, continuar, recordar, chorar todas as lágrimas de um céu, amar o infinito, beijar a memória de quem nos fez acordar, de quem connosco irá perdurar... Existirão segundas escolhas neste mundo? Segundos momentos, tão eternos como o primeiro? Amores tão fortes como o infinito? Amizade, querer bem, segundas oportunidades, mas eterno, é só um... Olhando para todos que me rodeiam, penso na humanidade de todos, no amor intenso que todos nós possuimos dentro de nós, em todos os momentos pequenos do dia-a-dia que cada um percorre, onde por vezes esquecemos de procurar o amor, mas atenção, amor é uma união, e ela é feita por tudo isso... Serão nas memórias, onde conseguimos olhar de fora para o que fizemos, que nos é dado a perceber isso, a conseguir ver o que temos, sem necessitar de procurar mais... As memórias, choro e amor, nelas visitamos o interior da vida...

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