quarta-feira, novembro 15, 2006

O prazer de simplesmente estar...

Hoje foi um dia diferente de todos os demais... Começou relativamente mal, acordei muito estremunhado, com aquela sensação horrível de nos sentirmos perdidos, sem norte para onde olhar. Com a tarde, alguns pensamentos resolveram assolar-me a mente, deixando-me num estado quase «catatónico». Foi complicado digerir alguns deles, fiquei mesmo em baixo, mas como sabem, a moeda tem sempre duas faces, e assim, vieram, ao jeito da cavalaria americana nos filmes de «cowboys» os bons pensamentos, os ensinamentos que tentaram salvar a tarde e o dia. Assim aconteceu, o dia acabou de maneira agradável. Escrevi algumas coisas, em jeito de poema e em jeito de simples pensamentos, daí sai uma idéia que quero partilhar aqui, mas que infelizmente por dificuldades técnicas, não será hoje. Fica para amanhã... Por ora, deixo mais um poema escrito à uns tempos atrás, mas que reflecte um dos ensinamentos que me salvaram o dia, e ao mesmo tempo, me fizeram recordar algo já apreendido à muito tempo...





Acordo,



embalado nos sentimentos de uma lágrima, escorrendo pelas faces

que o mundo nos mostra devagarinho, numa criança embalando

sua mãe num sonho brilhante ao luar...



Acordo,



com a energia que a vida lá fora carrega, chamando-nos suavemente ao vento, para uma tempestade sem fim a anunciar...



Salto e corro,



corro para os braços da vida deixando sua pena me guiar, levando-me ao sabor do seu amar... Componho a estrofe de um acorde, cantado pelas ninfas que guardam a dança do olhar...



Saio,



percorro no céu os contornos suaves da deusa que és libertando a vida em cada respirar...



Deixo-me ficar,



olho para ti, convido-te a comigo cantar, comigo sonhar, comigo

simplesmente deixar a vida estar...

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